26.2.13

Mais do mesmo - 3º acto

Olá amigos e família,

cá estou eu, a Sofia Neto dos Reis, já com 240h de vida para vos contar como tem sido a minha rotina desde que vim ao mundo.

Nasci às 19h de dia 16 de Fevereiro com 2,685kg, 47cm, um apgar de 9/10 e uns invejáveis pulmões em funcionamento.

Ao fim de alguns minutos desenvolvi um gemido e umas bolhinhas na boca sintomáticas de algum sofrimento. Estas fizeram com que os pediatras entendessem que o melhor seria ir para a incubadora e ficar em observação.
Parece que tinha um problema respiratório que obrigou a que estivesse a oxigénio durante umas horas até que o gemido desaparecesse.

Na manhã seguinte ao meu nascimento, a minha mãe já relativamente refeita de mais um intenso momento da sua vida, pôde visitar-me em cadeirinha de rodas e começar a dar-me de mamar (em seco). Eu saía para beber uns "copos" e voltava para "o meu cantinho" logo de seguida para ficar monitorizada.

Ao fim de 40h de vida lá me deixaram ir para o seu quarto. Já apresentava todos os valores normalizados e encontrava-me em condições de conviver com outros bebés e mães.

Na terça feira vim então para casa com os meus pais. Gostei de imediato do "spot" que arranjaram para mim - resolvi que a partir daí já podia abrir os olhos em segurança para conhecer o mundo que me rodeava. São cinzentos escuros e a cada dia mais atentos a tudo.
A minha mãe começou nesse mesmo dia a ter leite e desde aí que quase só me alimento de duas boas maminhas e muita ternura, assim sendo, tenho as condições reunidas para poder ser feliz.

Em relação ao meu feitio, sou mais do mesmo -  que é como quem diz - fui feita no mesmo molde que os meus irmãos. Como e durmo, faço cocós e xixis e pouco mais há a dizer sobre mim… De noite acordo de 4 em 4h para mamar, de dia posso variar entre as 2,5h e as 4h. Estou a tentar encontrar uma rotina mas ainda não estou muito esclarecida.

Quanto à fisionomia, quase todos me acham iguais à minha irmã quando nasceu. Sou de facto parecida com ela mas tenho também alguns elementos do meu irmão - tal como o nariz. Não há dúvidas de que sou filha do meu pai, aliás, a mãe já pondera seriamente em ter o 4º filho, desta vez criado na barriga do pai, tal é a frustração de todos saírem ao seu lado da família.

Algumas curiosidades sobre mim:
"Perdi o umbigo" ao 7º dia - dia do aniversário do meu pai.
Já fiz cocós pretos mas agora são só bolinhas amarelas.
Nasci com o cabelo em pé e embora agora já esteja penteado, a minha mãe chama-me Ouriço!
Tenho uns pés e mãos muito compridos e de dedos fininhos.

Quanto à mãe, está óptima. Não fosse o joelho afectado pelo atropelamento e quase que já correria a maratona! A epidural foi um descanso. Foram cerca de 3 dias em que não havia dores no joelho e parecia que tudo estava bem. Agora que o efeito passou, o joelho é mesmo o que mais tem atrapalhado a sua mobilidade. Estamos à espera de uma consulta para ver se resolvemos esse problema.

Sobre a operação, parece que a 3ª cesariana custa menos que a 2ª, que por sua vez custa menos que a 1ª.
Já tirou os pontos ontem, tem uma cicatriz muito bonita e já se mexe tão bem que já teve 2 festas de aniversário cá em casa.

Como já está a conseguir dormir cerca de 6 a 7h por noite, já começa a ter os sonos regularizados e a ter um raciocínio mais coerente. Nos primeiros dias estava com a cabecinha um pouco caótica!

O pai tem ajudado imenso em tudo o que pode. Como imaginam, tentar controlar duas crianças que só querem dar beijinhos e festinhas na irmã, não é tarefa fácil. O pai tem estado mais ocupado das duas pestinhas, enquanto a mãe trata da aspirante a tal, eu.

Não se nota ainda qualquer ciúme por parte dos meus irmãos. Dá a sensação de que a vida deles foi sempre regida pela existência de uma bebé que estava na barriga da mãe e que agora saiu. A Inês até já disse que como eu já cá estou fora, já podia bater na barriga da mãe à vontade!

16.2.13

Cereja no topo do bolo

Olá a todos,

em primeiro lugar gostaria de agradecer a todos os que enviaram mensagens de apoio para este grande dia e a quem não tive tempo de responder personalizadamente. Obrigada!!!

A última semana antes do meu nascimento foi bastante atribulada: começou com o aniversário da minha mãe no Domingo - que foi muito agradável e na companhia da família toda; foi género uma festa de anos versus despedida de uma enorme barriga que muito provavelmente não crescerá mais, pelas mesmas razões.

Na segunda feira a mãe foi contemplada com a "cereja no topo do bolo". Quando saiu para ir fazer o CTG à Maternidade Alfredo da Costa, parou numa bomba de gasolina para encher o depósito e teve um encontro imediato com um carro em andamento, resultado: foi atropelada!
Como podem imaginar, ser atropelada às 35 semanas de gravidez é a coisa mais agradável e oportuna que nos pode acontecer, mas à "boa portuguesa" o discurso é sempre o mesmo: Teve sorte, foi só um joelho torcido!!!

Se a mãe já estava limitada nos movimentos, passou a estar literalmente espojada no sofá com gelo no joelho dias inteiros até ontem; uma cicatriz de cesariana aliada a um joelho que mal mexe, são duas coisas que ajudam em muito a tratar de um bebé recém nascido!
Felizmente e para já, houve uma epidural que tirou todas as dores da mãe, o futuro logo se vê.

Mas enfim, cá estou eu agora do lado de fora. Vim para o hospital por volta das 11h da manhã (ainda do lado de dentro da mãe Lia), e após tratar de toda a burocracia e logística, lá nasci às 19h00.

Sou uma miúda toda composta, com todos os membros e uns magníficos 2,685Kg. Precisei de ir para a incubadora, apenas por prevenção, o que deixa os meus pais mais descansados.
Tanto eu como a mãe estamos bem e já deitadas nas nossas camas para os próximos 3 dias. Junto enviamos uma fotografia como é da praxe!

Quando voltarmos para casa entraremos em contacto convosco para contar os pormenores da minha nova existência.
Mais uma vez, obrigada a todos pelo apoio que têm demonstrado

15.2.13

The American Great Disaster

Nas minhas memórias de infância, estão muitos jantares com os meus pais no restaurante "The Great American Disaster".

Eu e o meu irmão há muito combinávamos ir fazer uma visita ao fim destes anos todos a este emblemático restaurante para ver se nos fazia recordar alguma coisa...

Que dia melhor do que o dia anterior à Sofia nascer?!?

Resultado:
Não é nada como nos lembrávamos.
Só tinha malta até aos 20 anos a jantar connosco.
O barulho era quase insuportável.
O Tomás e a Inês adoraram ir ao "estorante".
Mas valeu pela comemoração do último dia de uma família de 4!





11.2.13

Notícia de última hora - a previsão!

Olá meus amigos e família,

eu Sofia, venho por este meio informar, que tenho a minha data de nascimento marcada para dia 16 de Fevereiro de 2013 (Sábado). Sou assim, tipo a minha mãe, toda organizada, com pouca tolerância para imprevistos e penso sempre por antecipação - vamos a ver se não me corre mal…

Será uma cesariana, às 36 semanas e dois dias, o que faz com que eu venha (muito provavelmente) a ser muito pequena e frágil. Poderei ter de passar uns dias na incubadora (ou na fritadeira - como dizia o meu tio Bruno quando era pequeno), antes de vir para o calor da minha nova casa.

A minha mãe continua com pouco líquido - o que deixa o médico bastante preocupado - e daí a decisão de me arrancar do meu "elemento" para o meio desta confusão que está o país. Faço assim uma espécie de troca por troika e vamos ver como corre a vida de uma família de 5 nesta crise. A avaliar pela quantidade de roupa para lavar, vai ser muito penoso, mas vou tentar colaborar vomitando menos que os meus irmãos!!!

Continuo a ser eléctrica dentro do útero, o que deixa a mãe e o Dr. descansados. Enquanto eu me for mexendo muito, é sinal de que não estou a sofrer. Já estou a ser seguida duas vezes por semana com CTG e ecografia e por isso vai correr tudo pelo melhor.

Tal como os meus irmãos, nascerei na Mac e - em princípio - pelas mãos do Dr. Repas Gonçalves. A minha mãe deve "penar" um bocadinho a nível hoteleiro nesse hospital, mas a verdade é que em termos médicos é o melhor para fazer nascer uma criança de risco.

Quanto à evolução da minha relação com os meus irmãos, está cada vez melhor. A Inês chega a casa todos os dias e vai perguntar à mãe se Eu já nasci - "tadita" mal sabe ela que quando a irmã nascer, a mãe não estará a "jiboiar" no sofá como nos últimos meses mas, pelo contrário, estará ausente uns dias de casa… A mãe responde-lhe sempre que quando Eu tiver nascido, ela dará por isso porque haverá um bebé novo em casa - a mãe espera não estar a dar falsas informações a este nível...

O Tomás continua na sua, cool, a barriga da mãe é grande e excelente para fazer de tambor, tem uma Sofia lá dentro, vai ser irmã dele, yah, mas o que é que isso quer dizer? Não sabe! "Tou nem aí!"

A assim se resume os últimos dias de uma família de 5 pessoas em que 3 são nascidas em Fevereiro e as outras duas em Abril - falta de originalidade!