28.4.16

A vida a ser vivida e sem tempo para ser contada.

Olá a todos,
são quase 3 anos de ausência. Hoje em dia já somos 3 crianças ao invés de 3 bebés. Já ocupamos muito espaço, fazemos muito barulho e somos quase gente.

A Sofia tem agora 3 anos e é sem dúvida a mais comunicativa: se não está a falar, a chamar, a pedir atenção, está a cantar. Canta muito e a toda a hora. O facto de andar numa escola com educação católica faz com que a maioria das músicas que canta sejam desta mesma temática - ai se a tua avó Dea te ouvisse!!!
Perdeu há uns meses o carácter de "coitadinha, é a irmã pequenina e a ela permitimos-lhe tudo" e passou a levar na mesma medida que os outros. Se se zangam cá vai disto! Este simples facto veio agravar bastante o nível de exaustão desta família; já não há "pachorra" para ver miúdos a discutir!
É uma miúda muito ternurenta, que precisa muito da saia da mãe e que faz tudo por um colinho. Ela dá muito mimos e pede-os de volta; precisa mesmo! Quando se zanga amua e espera que alguém a reconforte com um abraço ou colo, enquanto isso não acontecer ela não "desamarra o burro".
Por outro lado ela é muito repetitiva: consegue estar 1h a repetir a mesma frase se a deixarmos. Teimosa até dizer chega! Conquista todos com o olhar e as caras ternurentas que faz mas também torce o nariz muitas vezes. Quando digo "torce o nariz" é mesmo real e não no sentido figurado; se tem o nariz torcido sai de baixo!
Nasceu para ser mãe!

O Tomás tem agora 5 anos acabados de fazer. Ele é o rapaz que não gosta de dançar e que quer jogar à bola e não tem com quem. Ele é muito carinhoso, também gosta muito do colo e dos mimos da mãe mas quando amarra o burro é complicado; o melhor é deixá-lo estar e esperar que passe. Se oferecermos um abraço ele tenta sempre negociá-lo com aquilo que efectivamente deu origem a briga inicial. Se nós não cedermos ele cede a custo porque gosta genuinamente do miminho que lhe oferecemos.
Ele parece ser um miúdo muito inteligente, que irá ter facilidade na aprendizagem. Tem sempre respostas prontas às perguntas que lhe fazemos ainda que não sejam exactamente para a sua idade. Quer sempre participar em tudo!
É um filho que aprende quando lhe ensinamos e quer aplicar o que aprendeu. É bem educado, sabe como estar, o que dizer e como fazer. Preocupa-se em ser o melhor para se destinguir; nisso sai ao pai.
Nasceu para ser perfeito!

A Inês tem agora 6 anos e é a mais lamechas de todas. Ela chora por tudo e por nada. É uma miúda ternurenta também mas mais insegura. Precisa de afirmar-se para se sentir feliz. Se elogiamos alguém ela tenta fazer igual para merecer também um elogio. É viciada em televisão, em desenhar e pintar e em fazer actividades com as mãos. Se tivesse de dizer hoje em dia qual o seu talento, diria sem dúvida que estava virada para as artes. Habitualmente calma e ponderada, de vez em quando dá-lhe forte e avaria! Já ameaçou fugir de casa, já mencionou que queria outros pais e tanto quanto parece já decidiu ser infeliz. Há pessoas assim e a Inês parece ser uma delas; sempre insatisfeita com a comida que tem à frente, com aquilo que tem para fazer, com o tempo que está lá fora, com a vida que lhe calhou!
À luz do que conhecemos dela parece ser uma miúda preguiçosa, com muita vontade de aprender mas nenhuma de estudar ou de ter obrigações. É a mais velha mas não quer ser crescida. Pede várias vezes para voltar a ser bebé.
Nasceu para sofrer!

A Sofia tem 12kg, o Tomás 16kg e a Inês 21kg. Todos magros mas muito saudáveis.

Como não sabemos daqui a quanto tempo voltamos a escrever, aqui fica o registo de Abril de 2016.

A mãe.

7.6.13

Eu Sofia

Hoje fui à Dra.

percentil 50 de peso e altura, e 75 de Perímetro Cefálico (idade real), 
percentil 75 de peso e altura, e 90 Perímetro Cefálico (idade corrigida).

Sou 5,990kg e 59,5cm de gente.

Sou molinha - nada igual aos meus irmãos. Tenho de começar o ginásio para ganhar tónus muscular.

Sorrio  e palro muito sempre que se metem comigo.

Descobri que tenho uma mão que cabe na minha boca.

Uso chucha só às vezes, cubro a cara com a fralda para dormir e já me destapo com os pontapés que dou no ar.

Faço duas belas pregas nas pernas, tenho cócegas nos pés e gosto de estar nua.

Adoro os meus irmãos mas às vezes assustam-me!

Sou diferente deles, mais mãe para variar!

Já fiz o meu cartão do cidadão.

... e esta sou eu aos 3 meses e 20 dias.






16.5.13

A 3ª filha ao 3º mês

Olá a todos,
aqui estou eu, a 3ª filha (neta do Neto e neta do Reis) a fazer o relato da minha vida até ao meu 3º mês:

Faço hoje 89 dias e apesar de ter nascido assim para o "piqueno", hoje sou uma bola de mimo que nunca mais acaba; estou ENORME!
Facto é que - para além de arrotar como eles - o leite que bebo diariamente deve dar para alimentar a equipa de rugby sénior do CDUL!

À semelhança dos meus irmãos, já durmo noites inteiras. Demorei um pouco mais que eles mas já sou "food independent" à noite.

Desde os dois meses que estou a dormir no quarto com a minha irmã (sabem como é, o 3º filho cria-se sozinho...).
Apesar de eu não dar muita chatice, não nos podemos esquecer que são 3 filhos para gerir; os meus pais andam tão de rastos que já dispensaram o protocolo e puseram-me a dormir "no olho da rua".

Já converso com os amigos que a minha mãe pendura a fazer-me cócegas no nariz: eu digo arreeemmm, eles respondem tlintlintlin!  Isto deve-se ao gene do "nunca mais se cala" que herdei da minha mãezinha - aliás os meus irmãos também foram abençoados.

Farto-me de rir a olhar para a testa das pessoas e para os candeeiros - devo gostar de ver coisas penduradas…

Para não variar muito, sou mais uma miúda sossegada, no entanto já começo a exigir mais atenção por parte de todos; passo mais horas por dia acordada e quando não estou na conversa com tudo o que me rodeia, quero atenção de alguém para mim.
A conclusão a que a minha mãe chega é que o sossego no primeiro ano de vida é para ganhar alento para os seguintes: Não há quem pare os meus irmãos e todos se lembram que eles eram também bebés calmíssimos!
Na realidade não se pode dizer que sejam muito enérgicos, a questão é que quando estão um com o outro, há o descontrole total e tornam-se pequenas feras!

Eu Sofia adoro a confusão que eles arranjam sempre que estamos todos juntos: Durmo com o barulho e habitualmente dou-lhes espaço para terem a atenção dos nossos pais; sei que quando eles saem passo a ser a princesa do lar!
Eles por seu lado, estão sempre a tentar dar-me beijos, abracinhos, festinhas, etc… mas sabem como são os carinhos de crianças pequenas: se os meus pais não estiverem de olho, muito provavelmente em breve serei "batido de Sofia" ou até "Sofia a murro".

O meu irmão Tomás está a tornar-se um miúdo muito ternurento mas reguila. É muito impulsivo, tem raivinhas como a mãe, mas quando está sozinho com alguém porta-se lindamente. Adora dar e receber miminhos e conquista as pessoas com o olhar. Cada vez dorme menos e pior - a quem sairá??? (Hoje eram 3 da manhã e estava pronto para a vida!). Ao contrário do que era anteriormente, agora é um comilão e infelizmente ainda faz grandes e mal cheirosos presentes na fralda… Fala muito e já se explica lindamente!

A minha irmã Inês é nitidamente uma menina! Muito sentimental e chorona, também muito afectuosa e adora festinhas pelo corpo todo (que para quem não sabe, isto é característica de família), deita-se ao nosso colo, puxa a tshirt para cima e diz "faz cócegas mãe, faz cócegas!". Está a ficar muito crescida e cada vez ajuda mais e compreende melhor o que se lhe diz. Apesar de não usar fralda de dia há quase 1 ano, só agora começa a ter a iniciativa de ir sozinha à casa de banho sem pedir ajuda - que bom!!!










Enfim, somos "uma família portuguesa com certeza", que apesar da conjuntura não pensa em emigrar; tem é de arranjar maneira de optimizar o dia a dia para não dar tudo em louco entretanto…

5.4.13

Acabou-se a mama!

Caros amigos e familiares,

cá estou eu - a Sofia - aos 52 dias de vida para vos dar novidades sobre este belo espécime de 51,5cm e 4,050kg.

Como para a maioria dos portugueses, também para mim "ACABOU-SE A MAMA!".
Primeiro foi a da esquerda e há cerca de 4 dias "mandei a baixo" a da direita também. Quem dera ao povo do nosso país conseguir fazer o mesmo ao governo!

Desde os 15 dias de vida que - para além da mama -  como suplemento a todas as refeições.
Na primeira consulta com a pediatra depois de ter alta da maternidade, para além dos 100g que tinha perdido após a nascença (que é normal), tinha perdido mais 200g. A mãe decidiu então que só mama não estava a resultar e começou a enfardar-me à grande!
O resultado está à vista, com pouco menos de 2 meses já estou com mais 4,5cm e 1,370kg de ternura.

Como dizem os livros da especialidade: "o filho mais novo é habitualmente o mais mimado"; eu não sou excepção! Embora os meus pais gostassem que as regras fossem as mesmas, a realidade é que agora para além dos avós, tios, amigos, etc… também tenho dois irmãos que não gostam de me ver chorar e sempre que podem tentam calar-me - seja com a chuxa, dando-me atenção ou enchendo-me de mimos. Pessoalmente eu adoro, mas por isso mesmo, faço mais fitas do que eles faziam com a minha idade. No cômputo geral não deixo de ser uma criança calma, que dorme e come bem e que não tem dado chatices.

Estou cada vez mais desperta para a vida. Já sigo as pessoas com os olhos mas ainda dou a sensação que não vejo bem - parece que vejo apenas vultos, jogos de contraste (luz e sombra) e ainda tenho o olhar meio alheado.
Já sorrio quando falam comigo num tom calmo e já tenho refegos nas pernas! A roupa já me fica razoavelmente bem… até já me vestiram um vestido à menina!
Estou a ficar careca em cima e com penteado à padre - aliás igual ao que aconteceu aos meus irmãos! Não entendo como é que numa família tão ateia, nascem 3 crianças que se assemelham a padrecos… queres ver que no discurso também lhes sai um "axim em bez de assim"!

Consigo estar 6/7horas sem comer mas é entre as 21h e as 3h da manhã; os meus pais ainda não conseguiram alterar o horário para evitar que haja "turno da noite".
Tem sido o meu pai a dar-me o biberão por volta das 3h da manhã, depois a mãe dá o das 6h ou 7h. Os meus irmãos acordam por volta das 7h15 e por isso já não se dorme mais nesta casa depois disso.
É uma algazarra conseguir ter o Tomás e a Inês vestidos e comidos, o pai de banho tomado e as coisas todas preparadas para sair. A sorte é de facto a mãe ficar em casa e poder orientar tudo o que fica por fazer...

Nesta casa, como em quase todas onde há bebés, a comida come-se fria! Os meus biberões calham habitualmente no horário das refeições e por isso raramente conseguimos sentar-nos todos à mesa em simultâneo.
Estou a beber cerca de 7 biberões por dia - como é de imaginar, não havia mama que desse para isto tudo! As mamas da minha mãe, apesar da sua generosa dimensão, sempre foram muito pobres para alimentar crianças - deve ser de ela não beber água!!!

A mãe está profundamente apaixonada pela relação que eu e os meus irmãos temos; apesar dos contratempos, das "pancadinhas de amor", das birras, etc… a verdade é que é muito giro e ternurento ver-nos aos 3 juntos. Enchemos a casa e só deixamos os crescidos respirar quando estamos todos a dormir.

A Inês fez 3 anos a semana passada, mas como calhou a uma segunda feira, os pais fizeram apenas uma pequena festa na escola dela e um jantar para a família. O Tomás (que faz 2 anos para a semana) também terá algo semelhante este ano.
Quem sabe para o ano há mais paciência, dinheiro e disposição para se fazer uma festa grande como a Inês já teve...

Como é habitual, junto envio umas fotografias para ilustrar tudo o que conto em cima.
(não, não tenho nenhuma das mamas da mãe!)

Obrigada a todos pela atenção dispensada e um beijinho a multiplicar por 5
dos SLIPT ou LIPTS (como preferirem)

26.2.13

Mais do mesmo - 3º acto

Olá amigos e família,

cá estou eu, a Sofia Neto dos Reis, já com 240h de vida para vos contar como tem sido a minha rotina desde que vim ao mundo.

Nasci às 19h de dia 16 de Fevereiro com 2,685kg, 47cm, um apgar de 9/10 e uns invejáveis pulmões em funcionamento.

Ao fim de alguns minutos desenvolvi um gemido e umas bolhinhas na boca sintomáticas de algum sofrimento. Estas fizeram com que os pediatras entendessem que o melhor seria ir para a incubadora e ficar em observação.
Parece que tinha um problema respiratório que obrigou a que estivesse a oxigénio durante umas horas até que o gemido desaparecesse.

Na manhã seguinte ao meu nascimento, a minha mãe já relativamente refeita de mais um intenso momento da sua vida, pôde visitar-me em cadeirinha de rodas e começar a dar-me de mamar (em seco). Eu saía para beber uns "copos" e voltava para "o meu cantinho" logo de seguida para ficar monitorizada.

Ao fim de 40h de vida lá me deixaram ir para o seu quarto. Já apresentava todos os valores normalizados e encontrava-me em condições de conviver com outros bebés e mães.

Na terça feira vim então para casa com os meus pais. Gostei de imediato do "spot" que arranjaram para mim - resolvi que a partir daí já podia abrir os olhos em segurança para conhecer o mundo que me rodeava. São cinzentos escuros e a cada dia mais atentos a tudo.
A minha mãe começou nesse mesmo dia a ter leite e desde aí que quase só me alimento de duas boas maminhas e muita ternura, assim sendo, tenho as condições reunidas para poder ser feliz.

Em relação ao meu feitio, sou mais do mesmo -  que é como quem diz - fui feita no mesmo molde que os meus irmãos. Como e durmo, faço cocós e xixis e pouco mais há a dizer sobre mim… De noite acordo de 4 em 4h para mamar, de dia posso variar entre as 2,5h e as 4h. Estou a tentar encontrar uma rotina mas ainda não estou muito esclarecida.

Quanto à fisionomia, quase todos me acham iguais à minha irmã quando nasceu. Sou de facto parecida com ela mas tenho também alguns elementos do meu irmão - tal como o nariz. Não há dúvidas de que sou filha do meu pai, aliás, a mãe já pondera seriamente em ter o 4º filho, desta vez criado na barriga do pai, tal é a frustração de todos saírem ao seu lado da família.

Algumas curiosidades sobre mim:
"Perdi o umbigo" ao 7º dia - dia do aniversário do meu pai.
Já fiz cocós pretos mas agora são só bolinhas amarelas.
Nasci com o cabelo em pé e embora agora já esteja penteado, a minha mãe chama-me Ouriço!
Tenho uns pés e mãos muito compridos e de dedos fininhos.

Quanto à mãe, está óptima. Não fosse o joelho afectado pelo atropelamento e quase que já correria a maratona! A epidural foi um descanso. Foram cerca de 3 dias em que não havia dores no joelho e parecia que tudo estava bem. Agora que o efeito passou, o joelho é mesmo o que mais tem atrapalhado a sua mobilidade. Estamos à espera de uma consulta para ver se resolvemos esse problema.

Sobre a operação, parece que a 3ª cesariana custa menos que a 2ª, que por sua vez custa menos que a 1ª.
Já tirou os pontos ontem, tem uma cicatriz muito bonita e já se mexe tão bem que já teve 2 festas de aniversário cá em casa.

Como já está a conseguir dormir cerca de 6 a 7h por noite, já começa a ter os sonos regularizados e a ter um raciocínio mais coerente. Nos primeiros dias estava com a cabecinha um pouco caótica!

O pai tem ajudado imenso em tudo o que pode. Como imaginam, tentar controlar duas crianças que só querem dar beijinhos e festinhas na irmã, não é tarefa fácil. O pai tem estado mais ocupado das duas pestinhas, enquanto a mãe trata da aspirante a tal, eu.

Não se nota ainda qualquer ciúme por parte dos meus irmãos. Dá a sensação de que a vida deles foi sempre regida pela existência de uma bebé que estava na barriga da mãe e que agora saiu. A Inês até já disse que como eu já cá estou fora, já podia bater na barriga da mãe à vontade!

16.2.13

Cereja no topo do bolo

Olá a todos,

em primeiro lugar gostaria de agradecer a todos os que enviaram mensagens de apoio para este grande dia e a quem não tive tempo de responder personalizadamente. Obrigada!!!

A última semana antes do meu nascimento foi bastante atribulada: começou com o aniversário da minha mãe no Domingo - que foi muito agradável e na companhia da família toda; foi género uma festa de anos versus despedida de uma enorme barriga que muito provavelmente não crescerá mais, pelas mesmas razões.

Na segunda feira a mãe foi contemplada com a "cereja no topo do bolo". Quando saiu para ir fazer o CTG à Maternidade Alfredo da Costa, parou numa bomba de gasolina para encher o depósito e teve um encontro imediato com um carro em andamento, resultado: foi atropelada!
Como podem imaginar, ser atropelada às 35 semanas de gravidez é a coisa mais agradável e oportuna que nos pode acontecer, mas à "boa portuguesa" o discurso é sempre o mesmo: Teve sorte, foi só um joelho torcido!!!

Se a mãe já estava limitada nos movimentos, passou a estar literalmente espojada no sofá com gelo no joelho dias inteiros até ontem; uma cicatriz de cesariana aliada a um joelho que mal mexe, são duas coisas que ajudam em muito a tratar de um bebé recém nascido!
Felizmente e para já, houve uma epidural que tirou todas as dores da mãe, o futuro logo se vê.

Mas enfim, cá estou eu agora do lado de fora. Vim para o hospital por volta das 11h da manhã (ainda do lado de dentro da mãe Lia), e após tratar de toda a burocracia e logística, lá nasci às 19h00.

Sou uma miúda toda composta, com todos os membros e uns magníficos 2,685Kg. Precisei de ir para a incubadora, apenas por prevenção, o que deixa os meus pais mais descansados.
Tanto eu como a mãe estamos bem e já deitadas nas nossas camas para os próximos 3 dias. Junto enviamos uma fotografia como é da praxe!

Quando voltarmos para casa entraremos em contacto convosco para contar os pormenores da minha nova existência.
Mais uma vez, obrigada a todos pelo apoio que têm demonstrado

15.2.13

The American Great Disaster

Nas minhas memórias de infância, estão muitos jantares com os meus pais no restaurante "The Great American Disaster".

Eu e o meu irmão há muito combinávamos ir fazer uma visita ao fim destes anos todos a este emblemático restaurante para ver se nos fazia recordar alguma coisa...

Que dia melhor do que o dia anterior à Sofia nascer?!?

Resultado:
Não é nada como nos lembrávamos.
Só tinha malta até aos 20 anos a jantar connosco.
O barulho era quase insuportável.
O Tomás e a Inês adoraram ir ao "estorante".
Mas valeu pela comemoração do último dia de uma família de 4!





11.2.13

Notícia de última hora - a previsão!

Olá meus amigos e família,

eu Sofia, venho por este meio informar, que tenho a minha data de nascimento marcada para dia 16 de Fevereiro de 2013 (Sábado). Sou assim, tipo a minha mãe, toda organizada, com pouca tolerância para imprevistos e penso sempre por antecipação - vamos a ver se não me corre mal…

Será uma cesariana, às 36 semanas e dois dias, o que faz com que eu venha (muito provavelmente) a ser muito pequena e frágil. Poderei ter de passar uns dias na incubadora (ou na fritadeira - como dizia o meu tio Bruno quando era pequeno), antes de vir para o calor da minha nova casa.

A minha mãe continua com pouco líquido - o que deixa o médico bastante preocupado - e daí a decisão de me arrancar do meu "elemento" para o meio desta confusão que está o país. Faço assim uma espécie de troca por troika e vamos ver como corre a vida de uma família de 5 nesta crise. A avaliar pela quantidade de roupa para lavar, vai ser muito penoso, mas vou tentar colaborar vomitando menos que os meus irmãos!!!

Continuo a ser eléctrica dentro do útero, o que deixa a mãe e o Dr. descansados. Enquanto eu me for mexendo muito, é sinal de que não estou a sofrer. Já estou a ser seguida duas vezes por semana com CTG e ecografia e por isso vai correr tudo pelo melhor.

Tal como os meus irmãos, nascerei na Mac e - em princípio - pelas mãos do Dr. Repas Gonçalves. A minha mãe deve "penar" um bocadinho a nível hoteleiro nesse hospital, mas a verdade é que em termos médicos é o melhor para fazer nascer uma criança de risco.

Quanto à evolução da minha relação com os meus irmãos, está cada vez melhor. A Inês chega a casa todos os dias e vai perguntar à mãe se Eu já nasci - "tadita" mal sabe ela que quando a irmã nascer, a mãe não estará a "jiboiar" no sofá como nos últimos meses mas, pelo contrário, estará ausente uns dias de casa… A mãe responde-lhe sempre que quando Eu tiver nascido, ela dará por isso porque haverá um bebé novo em casa - a mãe espera não estar a dar falsas informações a este nível...

O Tomás continua na sua, cool, a barriga da mãe é grande e excelente para fazer de tambor, tem uma Sofia lá dentro, vai ser irmã dele, yah, mas o que é que isso quer dizer? Não sabe! "Tou nem aí!"

A assim se resume os últimos dias de uma família de 5 pessoas em que 3 são nascidas em Fevereiro e as outras duas em Abril - falta de originalidade!

18.1.13

Lá fora chove e eu cá dentro sofro uma seca às 32 semanas!


Amigos e família, Olá!

Sim, sou eu novamente, a Sofia que há muito não dava notícias. Tenho andado tão ocupada nas voltas e reviravoltas no útero da minha mãe que me tenho esquecido de vos informar sobre a minha existência de 32 semanas.

Não tem sido fácil mas a mãe com o seu andar à pinguim já está melhor de uma grave ciática que teve durante o mês de Dezembro. Foi complicado fazer as compras de Natal e a festa com tamanhas dores, mas sobrevivemos. O ar da mãe era de tal forma que na rua as velhinhas lhe davam prioridade e passagem nas mais diversas ocasiões - deviam achar que se não o fizessem arriscar-se-iam a ajudar no parto ali mesmo no elevador, passadeira ou alfalto. Mas não, apesar do enorme tamanho da barriga (que é como quem diz, do estado balofo da mãe), o problema não era eu estar para nascer mas sim as dores nas pernas que tinha.

Entretanto esta questão resolveu-se e o facto de estarmos de baixa em casa e a descansar, facilitou na recuperação: muita vitamina B e suplemento de sofá, e finalmente as pernas já funcionam. Agora o problema é a falta de preparação física aliada ao tamanho da barriga, tudo cansa!

Ontem voltei a fazer uma ecografia com a pessoa que viu os meus irmãos ao vivo e a cores pela primeira vez - o Dr. Repas Gonçalves. As notícias não são as melhores mas tudo se há-de resolver: Parece que há uma "fuga na canalização", que faz com que eu tenha pouco líquido no aquário. Isto pode causar problema daqui até ao final da gestação e por isso tenho de andar vigiada de semana a semana ou de 15 em 15 dias. Estima-se que não venha a ser uma gravidez de termo. Vamos esperar as 35 semanas e a partir daí, ao mínimo sinal de alarme, venho ver a luz do dia.

A mãe gostaria que pelo menos as 36 semanas (em que já tenho o reflexo da sucção) fossem cumpridas, e como tal temos de estar deitadas tanto tempo quanto possível. Não estamos obrigadas a estar na cama a toda a hora mas sempre que tivermos possibilidade, em vez de sentadas ou em pé, deitamo-nos - agora é que vai ser engordar a valer!!!

De resto tudo está normal. Estou com 1,945kg, sou uma miúda gira com cara de bebé (viu-se muito bem na ecografia) e mexo-me o tempo todo. Dá mesmo a sensação que não durmo nada!

Em relação aos meus irmãos, já fui absolutamente aceite; ambos já falam de mim como um dado adquirido. A Inês já esclarece toda a gente que tudo o que é para dividir entre os irmãos, tem de ser dividido por 3. O Tomás já interiorizou que vai ter duas manas - e se lhe perguntarem como se chamam, o primeiro nome é sempre o meu: Sofia Neto dos Reis!

Já agora conto uma conversa que a Inês teve com a mãe no outro dia:

Inês: Mãe, a Sofia é minha amiga?
Mãe: Sim Inês, aliás vais perceber que ao longo da tua vida, os melhores amigos que vais ter serão sempre o Tomás e a Sofia.
Inês em conversa com diversas pessoas: A minha amiga Sofia...
As outras pessoas: amiga da escola ou lá do prédio?
Inês: nãaaaooooo, a minha amiga Sofia da barriga da mãe!!!